MEMÓRIA DA BOLA

Com esse time, o Noroeste voltou à Primeira Divisão em 1986/87
TAMANHO NUNCA FOI DOCUMENTO

À reboque da bela matéria da Cristina Camargo, da última segunda-feira, sobre o ex-goleiro Silvio Luiz.
Lembro que lá pela década de 1960, a excelência da Academia do Parque Antárctica começava pelo gol, com o baixinho Valdir de Morais. Sobriedade em pessoa e estilo, capaz de ficar quase incógnito, até o momento em que o lance exigia a somatória de colocação, reflexo e segurança.
Não dá para esquecer também que nas duas vezes em que o Norusca chegou à Primeirona na década de 1980, o titular absoluto da meta, Silvio Luiz, combinava a estatura mediana com arrojo, elasticidade e impecável colocação.
O time da foto, campeão em 1986/87,  escalado por Varley de Carvalho, tinha, em pé, da esquerda para a direita, Sebben, Vitor Hugo, Juliano, Ferreira, Silvio Luiz e Vadinho; agachados, Rodinaldo, Eudes, Marcos César, Edinho e Lívio.
O preparador físico era o Cabo Alcides, massagista Mão de Onça, presidente Badhi Massad, diretores Banha e Patah.

Vivaldo Pitta nunca aceitou essa sucata dos trens e da estação ferroviária
ELE LUTOU CONTRA ISSO...

Pessoas como o ferroviário Vivaldo Pitta nunca morrem. Quanta coisa aprendi com ele. Eu, e muita gente.
Certa vez levei o Vivaldo para conversar com meus alunos. O difícil foi finalizar o encontro, depois de mais de três horas. Ele virou a ferrovia no avesso.
Com suas grandezas, dos chamados anos dourados, e as suas mazelas, nos dias de hoje. Quando virou essa sucata indecente, que tem Bauru como vitrine exemplar.
Os alunos adoraram aquele profundo conhecimento técnico e histórico do profissional, e a consciência crítica que condenava a irresponsabilidade da caótica privatização, mais o descaso e o cinismo dos agentes políticos. De ontem e de hoje.
Gente como o Vivaldo Pitta, quando vai embora, não tem substituto.

Por João F. Tidei Lima ( Historiador)

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